+

SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA: PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES (DBI-4128)

Carga horária: 60 horas/aula

Créditos:  4

Prof. responsável: Dr. Weferson Júnio da Graça

Período: primeiro semestre letivo, 7:45-11:40h, 14 de junho a 2 de julho/2021.

Vagas: 8

Local: Google Meet


 

EMENTA:

A sistemática filogenética é uma disciplina central na Biologia, visto que fornece subsídios para a elucidação de padrões evolutivos e uma base geral para a ordenação do conhecimento biológico. Hipóteses das relações filogenéticas são o alicerce de grande parte das inferências em Biologia Comparada, Evolução, Ecologia (sinais filogenéticos) e nas classificações biológicas. Serão apresentados os aspectos filosóficos e conceituais da sistemática filogenética com o intuito de fornecer as bases teóricas e metodológicas, bem como os aspectos gerais dos métodos de reconstrução filogenética e suas principais aplicações em biologia comparada, zoologia, ecologia, genética, etc. Essa disciplina é importante para estudantes de todas as áreas da Biologia e será ministrada de forma teórico-prática com a resolução de atividades práticas (exercícios) de reconstrução de hipóteses filogenéticas, bem como sua utilização para a compreensão dos processos evolutivos, biogeográficos e ecológicos.


 

PROGRAMA:
  • Aula 1 – Apresentação da disciplina;
  • Aula 1 – Introdução – histórico da sistemática filogenética;
  • Aula 2 – Bases filosóficas da sistemática (escolas de classificação);
  • Aula 3 – Homologia (primária e secundária) e analogia;
  • Aula 4 – Grupos naturais e não-naturais: monofiletismo, parafiletismo e polifiletismo;
  • Aula 4 – Dendrogramas e cladogramas;
  • Aula 4– Dicotomias e politomias;
  • Aulas 5 e 6– Caracteres: morfológicos e/ou moleculares;
  • Aula 7 – Apomorfias, sinapomorfias, plesiomorfias e simplesiomorfias;
  • Aula 7 – Análise de parcimônia;
  • Aula 8 – Construção de matrizes, resolução de exercícios manualmente;
  • Aula 8 – Homoplasias: convergências e reversões;
  • Aula 8 – Índices de consistência e de retenção;
  • Aula 9 – Bootstrap, Likelihood e índice de decaimento de Bremer;
  • Aulas 10-12 – Programas computacionais para análises filogenéticas;
  • Aulas 10-12 – Análise de filogenias a priori e a posteriori;
  • Aulas 12-15 – Resolução de exercícios para a elaboração de cladogramas;
  • Aula 15 – Aplicações de hipóteses filogenéticas: biogeografia, ecologia (traços filogenéticos) e classificação.

Avaliação da aprendizagem - Participação dos alunos ao longo da disciplina (20 % da nota final) e resolução de exercícios práticos (80 % da nota final).


 

REFERÊNCIAS:

Amorim, D.S. 1997. Elementos básicos de sistemática filogenética. 2a edição. Holos Editora e Sociedade Brasileira de Entomologia, Ribeirão Preto.

Amorim, D.S. 2002. Fundamentos de sistemática filogenética. Holos Editora, Ribeirão Preto.

Agnarsson, I. & Miller, J. A. 2008. Is ACCTRAN better than DELTRAN? Cladistics, 24, 1- 7.

DINIZ FILHO, J. A. F. 2000. Métodos Filogenéticos Comparativos. Editora Holos.

Felsenstein, J. 2004. Inferring phylogenies. Sinauer Associates, Sunderland.

Giannini, M. P. & Goloboff, P. A. 2021. DUALCOR: a phylogenetic comparative method to evaluate phylogenetic correlation between a character and a non‐evolving external variable. Cladistics, onlinefirst.

Goloboff, P. A., Farris, J. S. & Nixon, K. C. 2008. TNT, a free program for phylogenetic analysis. Cladistics, 24, 774-786.

Goloboff, P. A., Carpenter, J. M., Salvador Arias, J. & Miranda Esquivel, D. R. 2008. Weighting against homoplasy improves phylogenetic analysis of morphological data sets. Cladistics, 24, 758-773.

Goloboff P.A., Catalano S.A. 2016. TNT version 1.5, including a full implementation of phylogenetic morphometrics. Cladistics, 32, 221-238

Hennig, W. 1966. Phylogenetic Systematics. University of Illinois Press, Urbana.

Judd, W.S.; Campbell, C.S.; Kellog, E.A.; Stevens, P.F.; Donoghue, M.J. 2009. Sistemática Vegetal–um enfoque filogenético. 3ª. ed. Artmed, Porto Alegre.

Kitching, I. L., Forey, P. L., Humphries, C. J. & Williams, D. M. 1998. Cladistics. 2nd Ed. - the theory and practice of parsimony analysis. The Systematics Association, publ. 11, Oxford University Press, Oxford.

Lemey, P. Salemi, M. & Vandamme, A. M. 2009. The phylogenetic handbook: a practical approach to phylogenetic analysis and hypothesis testing. Cambridge University Press, Cambridge.

Münkemüller, T. et al. 2012. How to measure and test phylogenetic signal. Methods in Ecology and Evolution, 3, 743-756.

Nelson, G.J. & Platnick, N.I. 1981. Systematics and biogeography - cladistics and vicariance. Columbia University Press, New York.

Nixon, K. C. & Carpenter, J. M. 1993. On out groups. Cladistics, 9, 413-426.

Nixon, K. C. & Carpenter, J. M. 1996. On consensus, collapsibility, and clade concordance. Cladistics, 12, 305-321.

Nixon, K. C. & Carpenter, J. M. 2011. On homology. Cladistics, 27, 1-10

Parenti, L.; Ebach, M. C. 2009. Comparative biogeography: discovering and classifying biogeographical patterns of a dynamic earth. University of California press, California.

de Pinna, M. C. C. (1991) Concepts and tests of homology in the cladistic paradigm. Cladistics, 7, 367-394.

Rieppel, O. 1988. Fundamentals of comparative biology. Birkhäuser, Basel.

Schneider, H. 2018. Métodos de Análise Filogenética. 3ed., Editora Chiado Books, São Paulo, 354p.

Wiens, J. J. (Ed.). 2000. Phylogenetic analysis of morphological data. Smithsonian Institution Press, Washington, D.C.

Wiley, E.O. 1981. Phylogenetics - the theory and practice of phylogenetic systematics. Wiley Interscience, New York.

Yang, Z. & Rannala, B. 2012. Molecular Phylogenetics: principles and pratice. Nature Reviews, 303-314.